São Paulo- Um animal tão único que cientistas não conseguem encaixá-lo em nenhuma linhagem existente.
Na grande árvore que mostra a evolução dos seres vivos, onde os troncos e suas ramificações representam a ascendência das criaturas, a Protoanguilla palau acaba de ganhar uma nova família só para si.
A pequena enguia descoberta em Palau, no Pacífico, é diferente de todos os animais de seu gênero. Suas características são tão primitivas que a fazem ser considerada um verdadeiro “fóssil vivo”.
A análise do DNA mitocondrial (material genético de organelas celulares chamadas mitocôndrias) indica que a espécie é uma linhagem antiga, independente, com uma historia evolutiva completamente diferente de todas as enguias vivas hoje e também de todos os fósseis já encontrados.
Basicamente, não há registro de antepassados da família da P.palau e, ao que tudo indica, a história dessa espécie começou há 200 milhões de anos, no período Mesozoico.
Enquanto alguns de seus traços a fazem parecer com as 19 famílias de enguias comuns existentes hoje, outros aspectos da fisionomia destoam: sua cabeça é desproporcionalmente grande, seu corpo é curto demais e suas guelras se abrem em padrão de colar muito particular.
A mandíbula e o fato de possuir menos de 90 vértebras são, inclusive, traços só vistos em fósseis do período Cretáceo – entre 140 milhões e 65 milhões de anos atrás. Já outras de suas características nunca foram vistas, nem mesmo em fósseis.
A descoberta da enguia foi feita pela equipe liderada por Dave Johnson, do Museu de História Natural Smithsonian, e publicada hoje na Proceedings of the Royal Society B.
Samy Art's Technology
Nenhum comentário:
Postar um comentário