Estagiária Rejane Telles, de 23 anos, disse que nunca havia injetado qualquer medicação antes. Conselho de Enfermagem estuda possibilidade de interditar profissionais do PAM
A estagiária de enfermagem Rejane Moreira Telles, de 23 anos, que no último dia 14 injetou duas seringas de café com leite na veia de Palmerina Pires Ribeiro, 80, que morreu em seguida, no PAM de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, disse que nunca havia injetado qualquer tipo de medicação antes. Ela afirmou que se confundiu com os catetéres da veia e oral. "Como estava junto, qualquer um se confunde".
A entrevista foi dada ao programa Fantástico, da TV Globo. "Injetei o leite e botei pelo lugar errado. Me passou pela cabeça chamar a supervisora. Sendo que a outra menina que estava do meu lado, ela falou que sabia e que ia me ensinar. Ela pegou, falou pra mim e pra outra estagiária que estava do meu lado para ir fazendo os procedimentos. Mas não deu explicação nem de que e nem como. Continuou sentada no posto de enfermagem, brincando no celular", disse.
O Conselho Regional de Enfermagem estuda a possibilidade de interditar os profissionais do PAM de São João de Meriti.
Entenda
No fim de setembro, a polícia abriu inquérito para investigar a morte da aposentada Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, que teve sopa aplicada na veia do braço direito em vez de medicação, na Santa Casa de Barra Mansa.
A paciente deu entrada na Santa Casa no dia 27 de setembro, após sofrer derrame cerebral. O Coren-RJ esteve no hospital ontem, mas não conseguiu a identificação da técnica de enfermagem que fez a troca. Segundo familiares, ela se chama Ana. O órgão deu 48 horas para que a Santa Casa informe o nome da profissional que fez o procedimento errado.
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