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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Filha de líder da oposição participou de resgate de presidente do Equador


Filha do ex-presidente Lucio Gutiérrez, uma das principais lideranças da oposição no Equador, a subtenente do Exército Karina Gutiérrez participou da operação que resgatou de um hospital da polícia o presidente Rafael Correa, após quase dez horas retido em meio à rebelião policial da última quinta-feira (30).
A informação foi confirmada pelo tio de Karina, o parlamentar Gilmar Gutiérrez, em entrevista a uma TV equatoriana. Segundo Gilmar, que é diretor nacional do oposicionista Partido Sociedade Patriótica (PSP), a subtenente chegou ao local, na quinta, num dos primeiros caminhões com militares que foram resgatar o presidente, que recebeu os primeiros disparos.
No dia seguinte, Rafael Correa acusou a oposição e o ex-presidente Lucio Gutiérrez de estarem por trás da onda de protestos que deixou ao menos 10 mortos no país. "Os agentes de Lucio estavam infiltrados ali, incitando a violência", afirmou.
Gutiérrez, que está no Brasil, negou qualquer envolvimento com a rebelião policial contra o presidente Rafael Correa. "Minhas primeiras palavras são para rejeitar as covardes, falsas e temerárias acusações do presidente Correa", disse em entrevista à CNN.
Em mensagem eletrônica atribuída à subtenente pela mídia equatoriana, ela teria contado ao pai sobre a participação no resgate do presidente. “Querido papai, como tu sabias, meu batalhão é encarregado das situações de emergência. Saí ontem para o resgate e estive em meio ao resgate e aos tiroteios. Eu sei que [tu] nunca arriscarias a vida de nosso povo. Por isso estou orgulhosa de ti. Te amo muito”, diz o texto.
À TV equatoriana, Gilmar Gutiérrez disse que o irmão teria ficado orgulhoso da filha e acusou o atual presidente de querer desviar a atenção da crise no país ao acusar a oposição por ser ele “um dos responsáveis".
O PSP é a segunda maior força política na Assembleia Nacional equatoriana, com 16 cadeiras. A Aliança Nacional, de Correa, tem 54 membros.
Fonte: G1 / Samy Art's Technology

Em Portugal, desemprego de brasileiros supera índice do país


Maior grupo estrangeiro em Portugal,  os brasileiros enfrentam índice de desemprego acima da média do país. São 116 mil pessoas em situação legal, segundo dados de 2009 do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras do governo português. Entre os que estão ocupados, a maioria trabalha mais de 40 horas semanais e recebe menos de 900 euros (cerca de R$ 2.090) – o equivalente a dois salários mínimos no país. Esses dados estão em uma pesquisa inédita feita em conjunto pelo Instituto Universitário de Coimbra, pela Universidade de Coimbra e pela Universidade Técnica de Lisboa.
A pesquisa ouviu 1.398 imigrantes brasileiros em várias partes do país. As entrevistas começaram a ser feitas em janeiro e foram concluídas em junho de 2009. Segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (Iped) apresentados pelo estudo, em 2009 Portugal registrou 10 mil brasileiros desempregados. Em 2008, este número variava entre 6 mil e 8 mil imigrantes.
Segundo Catarina Egreja, pesquisadora da Universidade Técnica de Lisboa, os brasileiros têm sido cada vez mais afetados pela falta de emprego em Portugal. Para João Peixoto, que também participou da organização da pesquisa, o resultado indica que o acesso ao mercado de trabalho está mais restrito para os novos imigrantes brasileiros. “A ilusão é menor do que há cinco anos", diz.
No primeiro trimestre de 2009, ano de conclusão da pesquisa, Portugal registrou índice de desemprego de 9,1%. Entre os brasileiros, o indicador era de  17,7%.
A situação mais grave é entre as mulheres brasileiras no país: 18,3% afirmaram estar sem trabalho -- mais que o dobro das que estavam nessa situação quando saíram do Brasil, 8,2%. Entre os homens, o nível de desemprego era de 13,3%; quando saíram do Brasil, o índice era de 7,5%. Mais da metade dos pesquisados já ficaram algum período sem trabalhar desde a chegada a Portugal.
Remessa de dinheiro diminuiu
Quem deixou o Brasil para fazer a vida em Portugal reconhece que a situação piorou. A remessa de dinheiro dos imigrantes brasileiros para os familiares que estão no Brasil diminuiu, segundo a pesquisa.
Em 2006, segundo dados do Banco de Portugal (equivalente ao Banco Central brasileiro), os imigrantes enviaram para o Brasil 349 milhões de euros. A partir de então, pela primeira vez, as remessas começaram a diminuir.

Em 2008, foram 332 milhões de euros enviados. Em 2009, 310 milhões de euros.
"Estou tentando mandar alguma coisa para minha família, mas não consegui juntar dinheiro", diz Dirlei Ravalho, de 47 anos, ex-comerciante no Brasil, que há 3 anos abriu um estabelecimento em Lisboa.
"Se for para vir hoje para ganhar dinheiro, não vale a pena", diz Ivanise Baldicera, de 42 anos, bancária no Paraná, funcionária de salão de beleza em Lisboa.
A diminuição do câmbio -- que chegou a quase R$ 4 em 2003 e caiu para R$ 2,34 hoje -- também torna o envio menos vantajoso.
"Antigamente eu mandava bastante, mas o euro caiu muito", afirma Ivone Pinheiro, de 56 anos, que trabalha das 5h às 22h em dois empregos.
Na terça-feira (19), Paulo Machado, de 29 anos, aguardava na fila da Segurança Social portuguesa, onde se concedem benefícios sociais. Está sem emprego desde o início de julho e, recentemente, vem consultando a mãe, no Brasil, sobre a situação no país.
"Ela diz que não está ruim não, mas não sei se é para eu voltar", conta.
No último emprego, trabalhando 56 horas semanais, ganhava menos de dois salários mínimos do país.
Alguns brasileiros, no entanto, conseguem ajudar no sustento dos parentes trabalhando como autônomos. “Quando eu era empregado, não conseguia mandar dinheiro. Agora sim”,  diz Eliomar Passos, de 24 anos, que prepara e entrega refeições prontas.

Contratos de curta duração:
Quase 25% dos entrevistados que conseguiram empregos têm contratos de curta duração (de 3 a 12 meses), trabalham acima de 40 horas semanais e recebem menos de 900 euros mensais. Os setores mais procurados são o comércio e os serviços (como restaurantes, transportes e hotelaria), construção e serviços domésticos.
Os pesquisadores chamam a atenção para o fato de a maioria dos trabalhadores não qualificados -- 21,2% do total de entrevistados -- possuírem ensino médio, superior ou mesmo um grau mais elevado -- como mestrado e doutorado. Na média, com a imigração, a proporção de trabalhadores menos qualificados sobe e a de mais qualificados cai, na comparação com a situação dos entrevistados no Brasil e em Portugal.
Professora com magistério no Brasil, Neusa Silva, de 49 anos, trabalha como vendedora em um minimercado. No fim de semana, faz um trabalho pontual como promotora de produtos de estética.
"Como as pessoas me conhecem, faço companhia para os filhos e cubro férias do pessoal da limpeza na faculdade", diz. "Já trabalhei em até três empregos." Segundo ela, o valor da hora da trabalhada caiu para menos da metade. "Em 2001, eram 10 euros. Agora está a 4,5 euros”, diz.
Ainda em seu primeiro mês em Portugal, Samuel Lima, de 25 anos, conseguiu uma vaga de vendedor porta a porta de uma empresa de TV a cabo. Sem salário fixo, recebe de acordo com a produtividade. "Formei-me em direito no Brasil e estou fazendo mestrado na Universidade de Lisboa. Fico aqui dois anos, garantido. Depois, ainda não planejei."
Fonte: G1 / Samy Art's Technology

U2 exibe pela primeira vez canção de musical sobre o Homem-Aranha


Bono e The Edge, vocalista e guitarrista do U2, mostraram neste final de semana a primeira música que eles compuseram para o musical “Spider-Man: Turn off the dark”, que estreia em dezembro na Broadway, em Nova York.
A faixa “Boy falls from the sky” foi apresentada durante o programa de TV “Good morning America”, com performance de Reeve Carney, o intérprete de Peter Parker (o Homem-Aranha) na peça, que terá direção de Julie Taymor.
A dupla escreveu todas as faixas do musical sobre o super-herói dos quadrinhos da Marvel. Os dois afirmaram estarem “muito orgulhosos” do trabalho e, principalmente, de terem encontrado um cantor como Reeve, que tem o acompanhamento de sua banda no musical.
“Conseguimos o som de uma autêntica banda de rock tocando no show, o que para nós, que somos uma banda de rock, é ótimo”, afirmou Bono.
Fonte: G1 / Samy Art's Technology

U2 vai lançar novo álbum no início de 2011, diz empresário


Paul McGuinness, empresário do U2, afirmou em entrevista ao jornal irlandês "Irish Times" que a banda vai lançar um novo álbum "no início de 2011".
"O novo álbum do U2 vai chegar mais cedo do que as pessoas imaginam. Diria que no começo de 2011, antes do início da próxima turnê americana, que tem estreia prevista para o mês de maio", disse o empresário sobre "Songs of ascent", título provisório do novo trabalho.
O grupo, cujo último álbum de estúdio é "No line on the horizon", de 2009, tem tocado algumas das novas canções durante os shows da atual turnê "360°", entre elas "Mercy", "Every breaking wave" e "Boys fall from the sky".
Fonte: G1 / Samy Art's Technology

Site de pré-venda de 2º show de Paul em SP mostra setores esgotados


O site de pré-venda de ingressos para o segundo show de Paul McCartney em São Paulo já exibe como "esgotado" o lote de entradas para seis setores do Estádio do Morumbi: arquibancada azul, arquibancada especial vermelha, cadeira coberta azul, cadeira coberta vermelha, cadeira coberta laranja, cadeira inferior e pista prime.
As entradas para a apresentação do dia 22 de novembro começaram a ser vendidas pouco antes da 0h desta quarta-feira (20) apenas para clientes dos cartões Bradesco, pelo portal www.ingresso.com.
Desde as 2h30 desta quarta, os fãs do ex-beatle já encontravam dificuldades para efetuar a compra dos setores pista prime e cadeiras cobertas vermelha e laranja e cadeira especial vermelha. Nesses setores, o portal apontava como "indisponível".
A venda para o público em geral ocorre na quinta-feira (21), a partir das 8h, pelo site www.ingresso.com, pelo telefone 4003-3222 e nas bilheterias do Estádio do Pacaembu. Nas vendas para o primeiro show de Paul McCartney, todos os setores marcados como "indisponíveis" anteriormente tinham bilhetes disponíveis na venda em geral.
A produtora dos shows informa que serão vendidos no máximo 6 ingressos por CPF. Também foi divulgado um e-mail de contato específico para tirar dúvidas sobre o evento:atendimento.eventos@ingresso.com.br.
O espetáculo do dia 21 em São Paulo terá transmissão da TV Globo e do canal Multishow.
Segundo a Plan Music, os shows de McCartney, parte de sua "Up and coming tour", seguirão o formato que ele já tem apresentado em outras apresentações pelo mundo, com quase três horas de música, cobrindo todas as suas fases, da época do quarteto de Liverpool, mas também com o Wings e a carreira solo.
O músico inglês se apresentou oficialmente no Brasil pela primeira vez em 1990, com um show que entrou para o livro Guiness dos Recordes como a apresentação de um único artista com maior público pagante, de 184 mil pessoas. Ele voltou ao país em 1993, tocando no Pacaembu em São Paulo e na Pedreira Paulo Leminski em Curitiba.
Veja a relação de preços setor*:
Pista prime: R$ 700
Cadeira premium azul: R$ 450
Cadeira premium laranja: R$ 450
Cadeira coberta azul: R$ 450
Cadeira coberta vermelha: R$ 450
Cadeira coberta laranja: R$ 400
Pista: R$ 300
Cadeira inferior: R$ 600
Arquibanca especial vermelha: R$ 180
Arquibanca vermelha: R$ 160
Arquibancada azul: R$ 160
Arquibancada laranja: R$ 140
* Meia-entrada pode ser adquirida por estudantes de ensino fundamental, médio ou superior, rede pública ou particular; idosos com idade igual ou superior a 60 anos; professores da rede pública estadual de ensino; e aposentados têm direito à meia-entrada. Nas compras pela internet, haverá taxa de conveniência de 16%; por telefone, a taxa será de 20%.
Fonte: G1 / Samy Art's Technology

Equipe da Alemanha quer melhorar resultado na Volta Ciclística de SP


A equipe da Alemanha desembarca em São Paulo nesta terça-feira como uma das sete estrangeiras que participam da Volta Ciclística de São Paulo. Após obter um resultado discreto ano passado, quando terminou na 13ª colocação, o time alemão espera correr em igualdade com as equipes brasileiras este ano.
- Nós esperamos obter bons resultados em todos os trechos para terminar entre as dez melhores equipes. São etapas longas que exigirão muito dos atletas, principalmente o contra-relógio e a sétima etapa, com 185km de estrada, entre Atibaia e Pindamonhangaba - explica Chris Dorle, técnico da equipe alemã.
O destaque da Alemanha, no ano passado, foi Rainer Rettner, que terminou na 20ª colocação. Agora a equipe titular contará com Oliver Hack, Florian Trenbuck, Marcus Kuhn, Andre Benoit, Philipp Mair e Bjorn Thurau.
- Estamos preparados para desempenhar um ótimo papel e representar bem nosso país na competição - enfatiza o técnico da RSC Komet Ludwigsburg.
Em 2009, a vitória foi de Portugal também na disputa individual, com Sergio Ribeiro. Outras seis equipes tentarão manter a hegemonia estrangeira na prova: Argentina, Chile, Estados Unidos, Nova Zelândia, Peru e Uruguai. À exceção da Nova Zelândia, que chegou na semana passada, as demais desembarcam na capital paulista nesta quinta-feira (14).
Campeões de edições anteriores participam da prova em 2010
A competição deste ano terá a participação de quatro atletas campeões em edições anteriores. Na primeira, em 2004, Antônio Nascimento venceu a prova representando Santos, mesmo time que defende este ano. Em 2006, na terceira edição, Jorge Giacinti foi o campeão também pela equipe de Santos. Este ano competirá pelo Chile. Na quarta, em 2007, Marcos Novello venceu por Santos, onde está atualmente. Em 2008, na quinta edição, o ganhador foi Gregolry Panizo, que defenderá Curitiba nesta competição.

Em nota, Heloísa Helena comunica afastamento da presidência do PSOL

A ex-senadora Heloísa Helena divulgou nota oficial comunicando seu afastamento da presidência do PSOL. Ela alegou divergências com a direção nacional e "falta de identidade" com as posições assumidas pelo partido. Heloísa Helena citou como exemplo a decisão do PSOL de recomendar "voto crítico" em Dilma Rousseff (PT) ou "voto nulo" no segundo turno das eleições 2010.

"Em respeito à nossa Militância e aos muitos Dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das Instâncias Nacionais (culminando com o apoio a Candidatura de Dilma!) tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do Partido o meu afastamento", diz Heloísa Helena em trecho da nota.
Heloísa Helena exerce atualmente o mandato de vereadora em Maceió. Nesta eleição, ela disputou uma vaga no Senado e chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto, mas foi derrotada e terminou a disputa em terceiro lugar.
Durante a campanha eleitoral,  Heloísa Helena fez declarações favoráveis à candidatura da senadora Marina Silva (PV) à Presidência da República, fato que desagradou a direção do PSOL e o candidato do partido à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio. Nas prévias partidárias, Heloísa não apoiou a candidatura de Plínio.
"Comunico à Direção Nacional e Militância do PSOL a minha decisão de formalizar o que de fato já é uma realidade há meses, diante das alterações estatutárias promovidas pela maioria do DN me afastando das atribuições da Presidência", afirmou Heloísa Helena em trecho da nota.
Fonte: G1 / Samy Art's Technology

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Disputa pela presidência vai para o segundo turno

São Paulo (AE) – Os candidatos do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, José Serra, disputarão o segundo turno da eleição presidencial no dia 31 de outubro. Marina Silva (PV) cresceu na reta final, mas não teve fôlego para ultrapassar o segundo colocado. Às 22h30, quando haviam sido apuradas 98,54% das urnas, Dilma tinha cerca de 46,71% dos votos válidos, quatro pontos porcentuais a menos do que o mínimo necessário para encerrar a disputa no primeiro turno (50% mais um).

O desempenho da petista ficou abaixo do que previam, na véspera da eleição, os institutos de pesquisa Ibope e Datafolha. Pesquisa de boca de urna feita ontem pelo Ibope, apenas com eleitores que já haviam votado, indicava que Dilma teria 51% dos votos válidos – levando-se em conta a margem de erro, de 49% a 53%. Serra, às 22h30, tinha 32,69% dos votos válidos. A pesquisa de boca de urna previa que ele chegasse a 30%. E Marina, a surpresa da eleição, chegou a 19,44%, dois pontos porcentuais a mais do que previa o último levantamento do Ibope.
O candidato do PSDB venceu em Estados onde Dilma era tida como favorita ainda na véspera da votação. Em São Paulo, por exemplo, abocanhou cerca de 41% do eleitorado, contra 37% para Dilma. Uma semana antes da eleição, o Ibope indicava um quadro invertido em São Paulo: a petista liderava com 45% dos votos válidos, seguida pelo tucano, com 39%. Marina aparecia com 14% no Estado, e acabou com 21% – seu eleitorado, portanto, cresceu 50% em uma semana no maior colégio eleitoral do País.
Na Região Sul, Serra perdeu no Rio Grande do Sul, mas colheu duas vitórias imprevistas pelos institutos de pesquisa no Paraná (44% a 39%) e em Santa Catarina (46% a 39%).  Na Região Centro-Oeste, o tucano venceu em Mato Grosso do Sul, por pequena margem (42% a 40%), mas ainda assim em um Estado onde a previsão era de desvantagem em relação a Dilma.
Na mesma região foi registrada a única vitória da candidata do PV em uma unidade da Federação: o Distrito Federal deu a Marina 42% dos votos válidos, uma vantagem de pouco mais de dez pontos em relação a Dilma, tida como favorita.
Dilma Rousseff demonstra confiança
Em discurso na noite de ontem, Dilma Roussef (PT) cumprimentou os candidatos eleitos, tanto da base como da oposição. A candidata à presidência afirmou ter certeza de que o processo no segundo turno será muito importante e de esclarecimento, em que o diálogo com a população, com os movimentos sociais e com todos os representantes da sociedade civil será fundamental.
Ao comentar sua ida para o segundo turno, a candidata Dilma Rousseff se mostrou otimista e disse que o partido é  de chegada. “Nós somos bastante guerreiros. Somos acostumados com o desafio e somos de chegada”. Dilma lembrou que o PT tem bom desempenho em segundo turno ao fazer uma comparação com as eleilções de  2002 e 2006, vencidas por Lula em turno.
Ela destacou que as principais metas para o governo são a educação de qualidade, uma saúde que se equipare aos países de primeiro mundo e um conjunto que assegure segurança pública para toda a sociedade.
A candidata petista disse ainda que “este é um momento importante na vida democrática do País”, e considera que a eleição transcorreu com normalidade. Dilma ressaltou que considera o Brasil “uma das maiores democracias do mundo” e que no País se tem uma “convivência harmônica apesar do contraditório e das discussões”.  Hoje, de acordo com ela, o partido concederá uma entrevista coletiva a partir das 16h30.
Presidente do PT vai pedir apoio do PV
Brasília (AE) – O presidente do PT, José Eduardo Dutra, vai procurar nos próximos dias a candidata derrotada do PV, Marina Silva, e pedir o apoio dela a Dilma Rousseff (PT), que enfrentará José Serra (PSDB) no segundo turno. A estratégia começou a ser traçada ontem à noite, em uma reunião que juntou no Palácio da Alvorada o próprio Lula e mais uma dezenas de políticos e ministros da campanha de Dilma.
O governo quer, entre outros objetivos, barrar a negociação – já destravada no bastidor dos tucanos – para desalojar o DEM da vice de Serra e entregar a vaga ao PV de Marina. O nome mais cotado é o do deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), que ficou em segundo lugar na disputa pelo governo do Rio. Hoje à noite, Gabeira evitou comentar o assunto, mas disse que vai apoiar Serra no segundo turno. “O que eu posso falar agora é que tenho o compromisso de apoiar o Serra”.
Com a residência oficial da Presidência transformada em comitê de campanha do PT, o presidente e a candidata Dilma acompanharam a apuração dos votos e depois comandaram uma reunião em que estiveram presentes, além de Dutra, o coordenador Antonio Palocci, o assessor especial do Planalto Marco Aurélio Garcia, os ministros Franklin Martins (Comunicação Social), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Guido Mantega (Fazenda), Henrique Meirelles (Banco Central), Carlos Eduardo Gabas (Previdência), Gilberto Carvalho (secretaria-geral da Presidência) e Altemir Gregolin (Pesca).
Marina Silva evita antecipar decisão
São Paulo (AE) – Terceira colocada na disputa à Presidência da República, a candidata do PV, Marina Silva, evitou adiantar qual será o seu futuro político nos próximos anos. Ela afirmou que essa é a grande diferença entre a velha e a nova política que o PV pratica – que, segundo ela, não faz as coisas de “caso pensado”. “É o processo que vai indicar quais serão os meus próximos passos”, disse a candidata, após discursar para militantes do partido em um espaço cultural na capital paulista.
Segundo Marina, o seu intuito daqui para frente é fortalecer a sua plataforma de desenvolvimento sustentável, exposta por ela durante a campanha. “As eleições mostraram que a questão da sustentabilidade não é algo de uma minoria. Sabe o que faltava para isso ficar claro? Faltava uma eleição. Porque a eleição mostra muito mais do que as pesquisas.”
Sobre o seu desempenho no pleito, Marina disse que sempre sentiu que seu ele poderia ser melhor do que mostravam as pesquisas. “Ainda bem que não nos rendemos às circunstâncias. Se tivéssemos nos rendido às circunstâncias, não teríamos alcançado quase 20% dos votos”, afirmou.
A candidata PV disse que voltará para os movimentos da sociedade civil, que, alegou, são maiores que o partido dela. “Sempre atuei na política institucional e na política social. É isso que vou fazer quando voltar a ser professora.” Questionada se haveria interesse de ser presidente do PV, ela desconversou sobre o tema.
Marina ainda comentou que o seu desempenho surpreendente na eleição não se deve aos problemas enfrentados pela candidata Dilma Rousseff (PT) nas últimas semanas, como os escândalos de tráfico de influência na Casa Civil. “As pessoas votaram em mim porque se identificam comigo”, disse a candidata, ressaltando que a sua campanha evitou entrar no vale-tudo político e manteve a coerência. “Foi acertado não ir para o vale-tudo eleitoral. E foi acertado perder ganhando.”

G1 / Samy Art's Technology

'Somos bastante guerreiros e de chegada', diz Dilma sobre 2º turno


A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse neste domigo (3), após a confirmação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que haverá segundo turno eleitoral, que vai ter a possibilidade de mostrar suas propostas de governo com mais detalhes para o eleitorado. “Somos bastante guerreiros e somos de chegada. Tradicionalmente, temos desempenhado muito bem o nosso papel no segundo turno”, disse Dilma.
Dilma vai disputar o segundo turno, no dia 31 de outubro, com José Serra (PSDB). “Considero essa campanha, um momento especial para a minha vida. Vou encarar esse segundo turno com muita garra e muita energia. Nesse segundo turno, vou ter oportunidade de detalhar mais minhas propostas”, disse.
A petista disse que queria manter um “diálogo” da sociedade com sua campanha. “Tenho certeza que nesse segundo turno vamos ter um processo muito importante de esclarecimento, diálogo com todos os representantes da sociedade civil que queiram estabelecer esse diálogo conosco.”
A petista afirmou que seu projeto prevê a “erradicação da miséria” e que pretende que “os 190 milhões de brasileiros possam desfrutar das riquezas do Brasil e garantir que o país chegue a ser uma economia desenvolvida, não apenas sobre o crescimento do PIB, mas com condições de vida adequadas.”
Às 22h37, com 98,84% dos votos apurados, Dilma tinha 46,73% dos votos válidos (sem considerar brancos e nulos), e Serra, 32,68%. A quantidade de votos a ser apurada não era suficiente para Dilma vencer no primeiro turno. Para se eleger em primeiro turno, um candidato precisa obter mais da metade dos votos.
Dilma agradeceu os votos recebidos e disse que estava “honrada” com a votação que recebeu. “Começo agradecendo a todos os brasileiros e brasileiras que votaram em mim nesse primeiro turno de 3 de outubro. Agradeço os mais de 46 milhões de votos e me sinto honrada por isso”, afirmou.
A petista também agradeceu aos demais concorrentes. "Cumprimento os candidatos que concorreram nesse pleito, o candidato José Serra, e a candidata Marina [Silva, do PV]. Cumprimento ela pelo desempenho que ela teve nessas eleições. Cumprimento também o candidato Plínio [de Arruda Sampaio, do PSOL] e também todos os outros candidatos que pleitearam a Presidência da República."
A petista falou por quase 10 minutos em um dos auditórios de um hotel que fica ao lado do Palácio da Alvorada, onde ela acompanhou boa parte da apuração dos votos ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma chegou à residência oficial da Presidência por volta de 18h.
Ao lado de seu vice, Michel Temer (PMDB), do presidente do PT, José Eduardo Dutra, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a candidata prometeu responder a perguntas dos jornalistas nesta segunda-feira (4).
G1 / Samy Art's Technology

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domingo, 3 de outubro de 2010

'Espero o resultado com tranquilidade', afirma Dilma


Em suas primeiras declarações públicas neste domingo (3) de eleições, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou esperar com "tranquilidade" o resultado da votação.
"Eu espero o resultado com tranquilidade, seja primeiro ou segundo turno. Acredito que a gente lutou a boa luta. Quando você luta a boa luta, você só pode sair melhor do que entrou", disse a candidata, ao chegar, por volta das 8h, a um café da manhã com aliados em hotel no centro de Porto Alegre.
Dilma disse estar "muito feliz" pela campanha e afirmou representar um projeto de "crescimento com distribuição de renda".
"Primeiro queria dizer que estou muito feliz. Nós chegamos aqui e conseguimos, eu acho, desenvolver uma campanha no Brasil inteiro, levar nossas propostas a todo o país. A minha campanha também conseguiu colocar nossas propostas e representando tudo que nós modificamos, tanto no que se refere ao crescimento com distribuição de renda, inclusão social, ascensão social, mas também propostas de desenvolvimento para cada região", afirmou.
A candidata disse ser "um dia de agradecer mais do que apresentar propostas". Citou os "companheiros militantes do PT" e de sua coligação e o "povo brasileiro". Falou em "superação de obstáculos" ao agradecer a Deus e ao presidente Luiz Inácio Lula da SIlva.
"Também agradeço a Deus por ter me dado forças, porque tive toda uma trajetória de superação de obstáculos até hoje. Agradeço também ao presidente Lula, pelo fato de que nós representamos sempre um projeto, e esse projeto sempre foi capaz de superar desafios e obstáculos”, disse.
A ex-ministra do governo Lula falou da "alegria" de ter participado da sucessão presidencial. "O resultado que for, para nós é um bom resultado. Vocês podem ter certeza que eu, se eleita, serei a presidenta comprometida com essa transformação que iniciamos”, declarou.
Dilma também classificou o processo eleitoral como "a maior festa da democracia". “A democracia brasileira é muito pujante. Está demonstrando capacidade de conviver com a diferença, com o contraditório, de uma forma pacífica e ordeira. Nós hoje podemos mostrar para o mundo que somos, de fato, uma das maiores democracias do planeta.”
"Eu não temo nada", diz candidata
Dilma disse não acreditar na possibilidade de desânimo da militância petista em um eventual segundo turno. "A minha militância, em quaisquer circunstâncias, que é a militância que represento também, é aguerrida, guerreira, não desiste nunca. E diante de obstáculos é melhor que diante de facilidades. Nós, diante de obstáculos, vamos e superamos. Eu não temo nada", afirmou.
Dilma também comentou sua relação com a imprensa ao ser questionada se acreditava em uma possível influência de setores da mídia caso se confirme a possibilidade de um eventual segundo turno.
"Acredito que minha relação com a imprensa foi sempre muito boa. O fato de ter protestado contra alguma matéria se deve a que a considerei inadequada do meu ponto de vista, é o direito do contraditório que existe no Brasil, ninguém tem o monopólio da verdade", afirmou Dilma, para quem o resultado da eleição não se explica por apenas um fator.
"Não acredito que as razões pelas quais a gente fica no primeiro ou vai para o segundo turno derivem de um fator único. Acho que tem um processo na sociedade que explica tanto você ganhar no primeiro turno como ir para o segundo turno..Aliás, o que eu acredito é que, seja o que seja, o bom combate sempre te dá boa vitória', afirmou Dilma, encerrando a entrevista com a mensagem que sobre a "boa luta" que procurou enfatizar.
G1 / Samy Art's Technology